Justin Timberlake fala sobre documentário da 20/20 Tour
assista o show vale muito a pena!!
O filme captura sua última parada na 20/20 Experience Tour (em janeiro de 2015). Porque esse show?
Quando você passa algum tempo com pessoas, existem cicatrizes boas e ruins, certo? Mais textura, mais rugas, mais coração por conta de toda essa experiência conjunta. Estou feliz que fizemos desse jeito.
Você assiste e critica suas performances?
Eu fazia bastante quando era mais jovem, mas parei quando percebi que nada é perfeito (risos). E essas imperfeições são provavelmente as parte mais bonita.
No filme, durante “Mirrors,” você fica um pouco emocionado. O que estava passando na sua cabeça?
Eu sou sentimental. Acontece em algumas noites porque você é só um cara em pé no palco. e você está recebendo tudo isso. Nós pensamos que vamos em um show para fugir da realidade, mas a realidade é nós queremos nos relacionar, nos conectar. Tem toda essa energia: as palmas sincronizadas, a letra que você escreveu em um quarto sendo cantada com tanta alegria – é muito para assimilar.
Em 1984, o diretor Jonathan Demme, que mais tarde ganharia um Oscar por Silêncio dos Inocentes, fez um dos mais icônicos filmes concertos de todos os tempos com a banda Talking Heads, Stop Making Sense. Mais de três décadas depois, ele continua capturando hits, dessa vez com Justin Timberlake, narrando a última para da The 20/20 Experience World Tour. Antes de Justin Timberlake + The Tennessee Kids estrear quarta feira na Netflix, a estrela pop e o diretor falaram com a EW sobre como manter um filme concerto moderno.
Como esse projeto colocou vocês dois juntos?
JONATHAN DEMME: Começou comigo, de uma certa forma. Quando eu vi Justin em A Rede Social, eu fiquei bem obcecado com o desejo de trabalhar com ele e entrar em contato com Justin. Quando nos conhecemos, conversamos sobre algumas coisas em que eu estava trabalhando que não vieram a ser concretizadas mas nos deu uma reunião.
JUSTIN TIMBERLAKE: Nessa reunião eu disse descaradamente para Jonathan o quanto Stop Making Sense significa para mim e como mudou minha visão sobre apresentações ao vivo. Quando [o documentário] apareceu, Jonathan era a única escolha.
O filme também foca nos dançarinos, músicos e cantores que estão com você no palco. Isso aconteceu de forma orgânica ou já fazia parte do plano?
JUSTIN TIMBERLAKE: Jonathan veio para sete ou oito shows para fazer o mapeamento de como seria filmado. Eu lembro que depois dele ter visto um ou dois shows nós conversamos e ele me disse: “Cara, todos esses músicos e essas coisas que acontecem no palco… é isso. É algo que você geralmente não vê em filmes concertos.” Foi exatamente aí que tudo começou.
Qual filme concerto é icônico para vocês?
JUSTIN TIMBERLAKE: O especial de 68 de Elvis é muito bom.
JONATHAN DEMME: Sim. E Elvis: That’s The Way It Is.
O que faz esses filmes concertos funcionarem melhor que outros?
JONATHAN DEMME: É quando você recebe mais do que só música. Você tem que ter uma ótima música mas você quer mais do que isso. Você quer introspecção.
JUSTIN TIMBERLAKE: É um documentário. Você está capturando um momento da vida real. É um momento no tempo, mas, você quer sair com a sensação de que você sabe algo a mais sobre o que e quem você estava assistindo. Tem alguns takes desse filme que você consegue ver a câmera deslizando sobre o trilho. Eu sinto que isso é outra parte de capturar o momento. Nada é perfeito.
JONATHAN DEMME: Eu gosto de ver as câmeras porque ajuda a visualizar como as pessoas da música e as pessoas do filme se uniram. Existe essa regra: Não mostre nenhuma outra câmera. Porque? Você acha que a audiência não sabe que a gente filmou isso?
Você está ciente das câmeras como performer? Existe uma pressão maior?
JUSTIN TIMBERLAKE: A coisa é, exitem mais 20,000 pessoas ali com câmeras. Você sabe onde as câmeras estão. Todo mundo sabe que estão lá. Você faz 140 shows, algumas noites você terá mais mágica que outras. Eu provavelmente poderia falar pelos dançarinos, músicos e cantores que estão no palco, que você atinge sua marca de um forma mais impecável quando tem câmeras. Felizmente, nós filmamos duas noites. [Risos] Eu sinto que temos alguns takes. É um dos momentos fora da câmera que eu diria para todos, “Vocês estão aqui por uma razão. Só entrem no palco e sejam vocês mesmos. Também, Jonathan Demme está dirigindo isso, então será ótimo.”
Então, Justin… como está o novo álbum?
JUSTIN TIMBERLAKE: Adorável [risos].
Você anteriormente falou um pouco sobre seu próximo álbum. Quando os fãs poderão ouvir?
JUSTIN TIMBERLAKE: Como você provavelmente sabe, eu acabei de terminar a soundtrack de Trolls. Eu escrevi 4 músicas originais e pude fazer um cover de True Colors com Anna Kendrick. As coisas estão se movendo. Eu estou entrando e saindo de estúdio com alguns colaboradores frequentes – outros não tão frequentes. Eu acho que estou conformado com o fato de que sou um tartaruga quando se trata desse processo. Eu não consigo imaginar de outro jeito. Eu sinto que é muito importante não colocar o carro na frete dos bois quando se trata de fazer um álbum. Eu estou trabalhando aqui e ali mas também estou curtindo ser pai. A resposta para sua pergunta é “Eu não sei” [risos].
“Sua influência está na música de todo mundo e há muita coisa que eu talvez tenha tirado do trabalho dele de forma inconsciente, então me parece certo dedicar o filme a ele”, disse Justin ao E! durante uma exibição do show.
Quando Prince morreu, Justin escreveu em seu Instagram um texto em tributo ao cantor.
“Eu tinha 4 anos. Sim, 4. Eu lembro que eu instantaneamente amei. ‘Mamãe, quem que está cantando?’ Parece estranho, mas é verdade. Mais do que um ‘artista raro’, um artista que acontece uma vez na história. Eu ainda estou em choque enquanto escrevo esse texto e sinto esse luto incestante.”, escreveu em sua dedicatória.
A gravação acompanha a última apresentação da turnê 20/20 Experience World Tour.
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